Bem Vindo!!!

Pensamento do dia: "Crescer todo mundo cresce, o difícil é evoluir!"

terça-feira, 8 de março de 2016

E agora? Faço o que?


Hoje é dia Internacional da Mulher. Eis que, logo cedo, eu recebo a seguinte mensagem:

“Amiga, preciso de ajuda. Estou em uma situação que não consigo resolver. Minha mãe, minha irmã e meu padrasto viajaram juntos e ele acabou tendo que voltar mais cedo para resolver uns assuntos da empresa dele. Acabou que ficamos só nós dois em casa. Desde que soube que isso aconteceria fiquei mega desconfortável com essa situação. Apesar de gostar dele e ‘confiar’ nele, já passei por situação de tentativas de abuso que me deixaram meio traumatizada. Como estou com um tio doente, minha mãe acabou demorando ainda mais tempo para voltar. E eis que o que eu mais temia começou a acontecer. Ele começou a me pedir abraços quando eu ia sair de manhã e mesmo com a casa vazia ele só queira sentar ao meu lado, qualquer coisa era motivo para isso, para tentar uma aproximação.  Para evitar problemas, quando ele sentava eu me levantava e saia. No inicio eu achava que era coisa da minha cabeça e, como achava muito estranho, evitava ao máximo dar brechas para essa situação. Ontem quando cheguei em casa, a noite, depois da aula, ele estava deitado no sofá. Guardei minhas coisas e fui jantar. Eis que ele levanta a cabeça e me chama: ‘deita aqui comigo, fica aqui mais perto de mim, você está muito longe’ (enquanto batia no sofá em que eu estava). Não acreditei no que eu estava ouvindo. Acenei que não, me tranquei no quarto e morri de chorar por não saber o que fazer. Eu não trabalho, sou 100% dependente financeira da minha mãe e, pelo que a conheço, tenho certeza absoluta de que ela não vai acreditar em mim. Tenho medo de que isso piore. Tenho medo de falar e me expulsarem de casa, não tenho para onde ir. Essa não é a primeira vez que isso acontece. Qual o problema que há comigo? E já nem uso roupa curta, só uso saias longas ou roupas comportadas. Tenho medo de contar. Tenho medo de não contar. Essa noite foi tão horrível que pedi a Deus que me tirasse a vida. Não consigo sair do quarto e não sei o que fazer. Por favor, me ajuda!”

Primeiro, eu simplesmente chorei. Fiquei paralisada por não saber como ajudar essa pessoa que está me pedindo socorro. A minha vontade única é dizer para ela: denuncie. Mas, não é tão simples assim. Pedir que ela simplesmente ‘grite ao mundo’ significa ignorar todas as consequências que isso pode gerar. Mas, ela também não pode ficar calada e aceitar que isso aconteça desta maneira.

Eu não me considero uma feminista ativista (embora acredite que toda mulher que deseja uma melhora de vida para si, que estude, que deseje melhorar profissionalmente, que se preocupe com a política e ‘etc e tal’ seja feminista de alguma maneira) mas, tudo gerou um turbilhão de sentimentos e pensamentos em mim que levam a pensar: até quando???

Fiquei me lembrando da história das argentinas Maria José e Marina que foram assassinadas no mês passado enquanto viajavam pelo Equador (por se negarem a dormir com o assassino) e que levantaram a discussão na América Latina sobre assédio e sobre os direitos da mulher.

Fiquei me lembrando de uma fala que ouvi no último final de semana, que embora o orador tenha dito que tinha outro sentido, externava de que a mulher que usa roupa curta provoca o violentador e que ela pode ter culpa da violência sexual por provocar a ‘natureza’ do homem.

Fiquei me lembrando das inúmeras discussões que tive com um amigo irmão (que por sinal é mais feminista do que todas as feministas que eu conheço [acredite se quiser]) sobre o caso do suposto caso de estupro de uma menina durante o réveillon em Brasília (segundo noticiário não houve indícios de violência e o inquérito não foi instaurado), sobre ela estar bêbada, se houve ou não violência sexual, da ausência de direito de qualquer um sobre o corpo do outro e tudo e tal.

Fiquei me lembrando de um vídeo que a vlogueira Jout Jout publicou ontem em que Nátaly Neri, do canal Afro e Afins, deu uma aula sobre o feminismo que nós pouco entendemos.

E de tantas e tantas outras histórias que lemos, ignoramos e não nos envolvemos no dia-a-dia.
O fato é: é fácil estar alheio a todas essas questões quando não acontece com a gente. É fácil ter um ponto de vista machista e colocar a culpa na mulher. É fácil dizer: ‘denuncie’ ou ‘não fala nada’. É fácil ter uma resposta para o problema do outro, sem avaliar as consequências que o outro vai ter que assumir. É fácil dar uma rosa ou um “Feliz dia Internacional da Mulher” quando no fundo precisamos de direitos, de leis e de combate a violência.

Receber esse pedido de socorro dói no fundo da minha alma porque, como ela, e como milhões de mulheres em todo o mundo, eu também não sei o que fazer.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Você tem fome de que?

Hoje o meu post não é exatamente um texto, mas uma sequencia de significados e significantes. Não é uma leitura linear, mas estão todas ligadas no mesmo sentimento!

Começo com umas imagens do Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda. Desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento. Reflitam!












Carlos Drummond de Andrade, tem sua própria forma de expressar o seu sentimento do mundo.


Tenho apenas duas mãos 
e o sentimento do mundo, 
mas estou cheio escravos, 
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige 
na confluência do amor.

Quando me levantar, o céu 
estará morto e saqueado, 
eu mesmo estarei morto, 
morto meu desejo, morto 
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram 
que havia uma guerra 
e era necessário 
trazer fogo e alimento. 
Sinto-me disperso, 
anterior a fronteiras, 
humildemente vos peço 
que me perdoeis.

Quando os corpos passarem, 
eu ficarei sozinho 
desfiando a recordação 
do sineiro, da viúva e do microcopista 
que habitavam a barraca 
e não foram encontrados 
ao amanhecer

esse amanhecer 
mais noite que a noite.



Não menos importante, o livro de Filipenses nos traz uma palavra de que mesmo na tribulação ou na dificuldade precisamos ter esperança, não esmoecer. Ou como dizia Ludmilla Faber "em tempos de guerra, nunca parar de lutar".

“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Filipenses 4,4-7).



No mais amigos, é isso. Vamos caminhando! Boa caminhada. Um passo de cada vez.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Originalidade

Seja você mesmo e conquiste seus próprios espaços! Assim, eles terão muito mais valor!!!! *-*

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Penso, logo existo!

O pensamento é o único lugar onde ainda estamos seguros, onde nossa loucura é permitida e todos os nossos atos são inocentes. Martha Medeiros

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Pe. Léo se foi e nos deixou uma herança de ensinamentos!

Há cinco anos o mundo perdeu um dos caras mais visionários que já vi... O engraçado é como que as pregações que ele fez há dez anos são tão, mais tão inspiradas no que vimos na TV hj ou ontem! O mundo precisa de pessoas como o padre Léo. Pessoas com fé em Deus, amantes da vida, bem humoradas...

O Pe. Léo tinha uma predileção especial pelos miseráveis. Ele acreditou, lutou e mudou a vida de tantas pessoas que o mundo já não abraçava!

O mundo precisa de cristãos que dêem sua vida, seu conforto e sua esperança pelo próximo! Precisa de pessoas que acreditem que a vida em Deus começa no "Amar o próximo como a ti mesmo"... Pessoas que abandonem de vez o que vem do "Encardido" para tomar posse de vez das "Coisas que vem do alto". O meu modo de ver o mundo mudou depois que eu conheci as palavras do pe. Léo.

Aqui neste post deixo um pequeno trecho de um de seus casos e da sua forma extraordinária de evangelizar!

Se vc não conhece o pe. Léo, independente de sua religião, eu te recomendo! Vale super a pena conhecer sua história, suas pregações e se inspirar na sua luta diária de ajudar o próximo e lutar por ser cada dia melhor!!!




Gostou? Então, vamos mais longe!
Esta é a última pregação do Pe. Léo: "Buscai as coisas do alto", realizada no Hosana Brasil de 2006. O que pra mim é uma das melhores...
Ela é um pouco longa... Tem mais ou menos 1 hora de duração.. Se tiver um tempinho ou um fone ai
super recomendo tbm!




Então é isso!

Fiquem com Deus!